sexta-feira, 29 de junho de 2007

Enecom 2006 - Primeira Edição

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Sete dias. Este foi o período que durou o maior encontro nacional já realizado pela Enecos (Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação). O Enecom (Encontro Nacional dos Estudantes de Comunicação) deste ano teve a participação de aproximadamente 1700 congressistas de todo o país – destes, a delegação do Ceará foi composta por 100 estudantes – e teve como foco principal o combate às opressões.

Tudo começou bem antes do dia seis de agosto (data inicial do Encontro). Cada delegação, em seu coletivo, ficou responsável de formar seus congressistas: no Estado do Ceará foram quatro pré-encontros, onde se debateu a estrutura do Encontro, combate às opressões, qualidade de formação e TV digital. Tudo isso aconteceu no mês de julho, afinal, no movimento estudantil não existem férias.

Tudo pronto, só faltava a mufunfa. Com muito choro e sacrifício, Unifor e UFC, cada uma, liberaram dois mil reais para a viajem de seus estudantes; umas tantas rifas foram vendidas e outros tantos pedágios feitos, e os estudantes – como sempre lisos – coçaram seus bolsos, finalmente fretando dois ônibus da empresa Itapemirim. O grito yeeeeeehh ecoou por todo o Nordeste, até que a delegação do Ceará chegou à UFBA no dia seis de agosto para o início do evento.

Os dois primeiros dias do Enecom foram marcados por sérios problemas de estrutura, o que valeu para o encontro o “carinhoso” apelido EneCaos. As principais reclamações foram devido à demora para o credenciamento dos congressistas (alguns chegaram às oito da manhã e esperaram, no sol, até o meio dia para se credenciar) e pelas “quedas” dos NVs (núcleos de vivências) e de um painel, que necessitavam de transporte para locais externos – os quais a CO (comissão organizadora) não havia providenciado.

Depois disso o encontro andou com relativa tranqüilidade – apesar da forte chuva que inundou algumas barracas no camping ou de breves racionamentos na alimentação – as oficinas funcionaram tranquilamente apresentando bons resultados, e alguns NVs foram bastante elogiados.

O dia “D” foi a quinta-feira. Neste dia aconteceram o painel sobre opressões e o ato contra o Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). O painel, que tinha na mesa representantes do movimento negro, das mulheres e do movimento GLBTT, emocionou uma boa quantidade de congressistas, levando-os às lágrimas. O segundo momento foi o ato contra o Enade: os estudantes saíram da reitoria da UFBA e caminharam até o Pelourinho – palco histórico de luta social na Bahia – cantando palavras de ordem como “quem não pula faz Enade” (onde todos pulavam) e “o dinheiro do meu pai não é capim, eu zero o Enade sim”. O ato também teve um “beijaço” coletivo, numa demonstração de carinho e afeto entre os militantes do grupo GLBTT.

A sexta também foi um dia de fortes emoções, porém relativas às eleições da Executiva. O processo eleitoral foi marcado por uma série de ações lamentáveis para todo o movimento estudantil, o que resultou na retirada das duas chapas, adiando o início do processo para um Conecom em setembro.

Depois de uma sexta tumultuada, restou para os encontristas um sábado de despedidas e com uma festa final marcada pela apresentação da banda cearense Samba Hemp Club, considerada pela CO a melhor banda do ENECOM 2006.

O encontro chegou ao fim em sua sede, porém continua em cada coletivo, em cada militante, em qualquer regional do país, levantando as bandeiras de luta da Enecos ou do Movimento Estudantil de Comunicação de forma geral.

Um comentário:

Anônimo disse...

iiieeiii, ficou bem bacana a pagina... valeu livia...