segunda-feira, 23 de julho de 2007

Errata: é errando que a gente se fode. – Segunda Edição

Muito prazer, pra quem não me conhece sou o Gabriel, um dos viabilizadores desse jornal. Pra quem já, sabe muito bem que tranquei a faculdade desde o ano passado. Mas é com grande tesão que ajudo o pessoal do D.A. a fazer esse informativo que você tem em mãos. Sim! Eu ajudo. Mas também é só isso, porque pelos 3 anos que vivi no ambiente universitário, 2 e meio desses foram engajados no Movimento Estudantil. E mais, durante metade disso a dedicação era quase de 100% (coisa absurdamente desnecessária que não aconselho a ninguém, e muito menos pretendo fazer de novo). Mas sem arrependimentos claro. Então quando me vem a oportunidade de dar esporadicamente uma mãozinha para uma casa que eu ajudei a construir (por mais que hoje nossas idéias sejam tão diferentes) não hesito em acudir.

Faço esse espaço na verdade para agradecer os ávidos leitores do Tzão. Nós agradecemos aos que gostaram, e aos que não. Logo que desde a primeira edição ouvimos críticas e elogios com muito afinco. Então só queria dar uma de Ombudsman e fazer um espaço de reflexão.

A força do grupo que viabilizou esse folheto vem tanto do Diretório quanto dos estudantes. Então quando escutamos elogios e críticas ficamos felizes por sabermos que a mensagem está sendo recebida. Porque deixo escrito aqui que não é fácil fazer um negócio apressado, em preto e branco, e ainda xerocado. Todo mundo que trabalha com Fanzine sabe do que eu estou falando. Quando a foto, ou a fonte é linda, mas a máquina de xerox é decadente e mancha toda a página. E usando papel reciclado ainda (apesar de ter dado um toque especial), as variáveis são enormes. Então, como não estou falando pela faculdade sempre, e já que só volto pra esse antro de “conhecimento” ano que vem, o que ouvi foi que o jornal foi muito bem recebido. Mas é a crítica que faz o material crescer de verdade. Então, quem quiser acrescentar algo ao lido aqui, provavelmente conhece alguém do DA e ficaremos prontos a colocar em futuras tiragens.

No mais, queria deixar bem claro que o estilo largado, fanzinístico e fora-da-lei desta publicação, além de ser totalmente proposital, tenta não seguir padrão algum, pois ele é feito com o mais fiel espírito Gonzo de produção. E o estilo Gonzo de ser, pra quem não sabe, foi concebido pelo jornalista estadunidense Hunter Thompson. Um cara completamente louco que criou esse estilo para (muito felizmente) fugir de toda regra de cretinos manuais de redação e normas de escrita. E ir de encontro a uma mistura de Contra-Cultura e literatura com pitadas de palavrões e obscenidades, com certeza. Claro que uma mínima noção de produção gráfica e gramática são necessárias para se escrever qualquer coisa. Mas porque se preocupar com como o cidadão vai ler, se vai ser confortável para sua visão, se a preposição está correta? Ora, já é difícil fazer um estudante ler qualquer coisa, então melhor que ninguém ligue pra mais nada. O próprio Saramago não usa parágrafos, e o cara é ganhador de Nobel. E quem somos nós pra falarmos do Saramago! ... hehe.
Quem se interessar pelo Thompson, ou pelo menos querer saber porque é chamado Gonzo (e eu digo que não tem nada a ver com os Muppet Babies) ache-o facilmente na internet, e nas mais próximas livrarias. Ele é autor de livros como: Rum-Diário de Um Jornalista Bêbado, Hells Angels e A Grande Caçada aos Tubarões. Ou ainda o filme “Medo e Delírio em Lãs Vegas”, ótima pedida psicodélica para conhecer o cara, que ainda é interpretado perfeitamente pelo Johnny Depp.

por Gabriel Gonçalves

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