quinta-feira, 5 de julho de 2007

Sinceramente - Primeira edição


Oi! Eu sou o senhor estranho!

Meus olhos não são iguais aos seus... são piores!
Minha cabeça também não, ela é enorme.
Meu jeito de andar é patético.
Minhas roupas são de mendigo.
Complexado, eu quase não tenho amigos.

Oras... Não tenha pena de mim!
O que há de errado em ser diferente?

Já diziam que todo homem é uma ilha!

Ah... você chama isso de filosofar?
O que é filosofia?
Não se preocupe em falar besteira,
eu também assisto tv...

Isso mesmo...
Somos todos ignorantes
e o maior ignorante é o que não sabe disso!

Ahh... então você também gosta de beber?
Ora pois! Vamos brindar às nossas diferenças!

Claro, claro!
Também concordo que esse mundo é engraçado.
O mais hilário é como as pessoas levam a vida tão a sério
e ao mesmo tempo não ligam para os rumos que ela leva.

Rá! Agora você me pegou...
Mulheres também são o meu dilema...
Já percebeu que elas ao mesmo tempo estão
e não interessadas em você?

Parece tudo uma grande brincadeira...
e as vezes até me divirto.
Outras vezes não, levo tão profundamente
Que fico amargando nos meus sentimentos.

Mas olha só, conhece Protágoras?

Não, eu não sou nenhum intelectual...
Mas se você quiser eu te apresento a ele.
Pode até ser divertido... arrisque-se!
Talvez ele possa ser o seu único amigo
em uma madrugada não dormida.

Eu não estou interessado em comprar mais nada.

O mando de morpheus já está caindo...
acho melhor você ir embora.
Estarei sempre aqui...

Olhe para o lado... talvez você não entenda tudo que eu fale,
Já estou ficando acostumado
(as pessoas são equações com poucas variáveis).

E continuarei a ser o Senhor Estranho.
Boa noite, obrigado por me ouvir.


por Yargo Gurjão

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